Email: exterminvet@gmail.com Whatsapp: (21) 99789-2399 Tel: (21) 2258-7844

Pragas

Controle de Pragas

 baratas

BARATAS

Do ponto de vista evolucionário, as baratas podem ser consideradas os animais mais bem sucedidos na Terra e um dos seus mais antigos habitantes.

A maioria vive em regiões tropicais, ainda que sejam encontrados nos mais diversos climas e ambientes, devido a sua grande capacidade de adaptação. Fósseis de baratas datam sua existência a mais de 350 milhões de anos. São citadas mais de 3500 espécies, mas alguns cientistas acreditam que há 5000 ainda não identificadas, e somente 1% do total são descritas como praga. A Blatella germânica e a Periplaneta americana são as principais espécies.

DESCRIÇÃO E BIOLOGIA

Seu tamanho varia de alguns milímetros a quase 100 mm. Em geral, apresentam coloração parda, marrom ou negra (existindo espécies coloridas). Sua cabeça é curta, subtriangular, com olhos compostos e grandes. As antenas são longas, podendo atingir até o dobro do comprimento do corpo. Pernas alongadas com presença de espinhos e coxas grandes. Abdome alargado e deprimido. Apresentam dimorfismo sexual, machos e fêmeas diferem-se entre si, e, geralmente, os machos são menores, e, em algumas espécies, suas asas são maiores que as asas das fêmeas ou estas podem não possuir asas. As ninfas diferem-se das adultas por serem menores, de coloração mais clara (esbranquiçada), não possuir asas e por sofrerem ecdises durante seu desenvolvimento. Apresentam cheiro característico (odor desagradável ao homem), produzido por glândulas situadas no abdome. As baratas vivem em locais escuros como frestas e bueiros, nas cozinhas e onde há alimentos ou restos de comida.

CICLO DE VIDA

O desenvolvimento é hemimetabolia (fases de ovo, ninfa e adulto). A postura é feita dentro da cripta genital em uma cápsula (ooteca), onde cada ovo fica separado por uma membrana. O formato da ooteca varia e o número de ovos fica entre 16 e 26. No caso da P. americana, são cerca de 50 ootecas durante a vida, que dura entre 13 e 25 meses, com uma média de 800 descendentes. A ooteca fica presa durante curto tempo à fêmea e depois é fixada em um local apropriado. Em geral, as ninfas deixam a ooteca sem o auxílio da fêmea, mas as ninfas de P. americana e B. germanica são liberadas pelas mandíbulas das fêmeas. O ciclo evolutivo pode variar de 53 dias até 2 anos, dependendo da espécie, condições ambientais e disponibilidade de alimento.

PRINCIPAIS ESPÉCIES E DANOS

Principais espécies encontradas no meio urbano são a Blatella germânica e a Periplaneta americana. Por habitarem locais sujos, como bueiros, contaminam alimentos consumidos pelo homem causando doenças como a diarréia. Também podem causar danos consideráveis em roupas e livros, além de impregnar os locais com cheiro desagradável e característico.

BARATA AMERICANA OU DE ESGOTO | Periplaneta americana

Apresenta coloração marrom, e em sua forma jovem possue um tom de marrom pálido. Praga peridomiciliar, também pode ser encontrada dentro de residências, em cozinhas e banheiros, e rede de esgoto. Esta espécie pode voar distâncias curtas, em especial durante os períodos mais quentes, preferindo temperaturas entre 30 e 33º C. Medem entre 28 e 44 mm de comprimento; período de incubação dos ovos dura entre 25 e 40 dias; período de desenvolvimento das ninfas leva entre 130 e 150 dias com 9 a 13 mudas (machos e fêmeas); longevidade dos adultos entre 250 e 350 dias, sendo menor para os machos; as fêmeas produzem aproximadamente 30 ootecas, com 14 a 16 ovos cada uma. Machos com asas maiores que o abdome e fêmeas com do tamanho do abdome, com contorno amarelado no pronoto. Resistem de 2 a 3 meses sem alimento e 1 mês sem água.

BARATA ALEMÃ | Blatella germanica

É a espécie de mais difícil controle por seu alto potencial reprodutivo, longo tempo de convivência com o homem e proximidade à fonte de alimentação, o que resultou numa tolerância a diversos inseticidas. Praga domiciliar, comum em cozinhas e restaurantes. Medem entre 10 e 15 mm de comprimento e preferem temperatura em torno de 30º C. A fêmea gera de 4 a 8 ootecas que carrega durante quase todo o período de incubação dos ovos, as ninfas levam em média 36 dias para completarem seu desenvolvimento e passarem de ovo à adulta; sua ooteca é a que mais abriga ovos (de 30 a 40) e apresentam tempo médio de vida de 300 dias. Os machos são mais finos e com asas menores que o abdômen e as fêmeas com asas maiores, ambos com 2 faixas pretas longitudinais no pronoto. Resiste em média 30 dias sem alimento, e 15 dias sem água, escondida e protegida até que possa sair em segurança.

 ratos

RATOS

Avaliação e Controle de Roedores

A presença de um funcionário especializado é essencial para avaliar o nível de infestação e identificar o tipo de roedor, já que métodos de controle variam de acordo com a espécie. Além disso, o profissional deve orientar o cliente sobre os riscos de contaminação, uma vez que os roedores transmitem várias doenças.

Família Muridae

A família Muridae é a maior entre os mamíferos, com cerca de 600 espécies. Dentre as que causam prejuízos ao ser humano em áreas domiciliares, destacam-se as ratazanas, os ratos-pretos e os camundongos.

Descrição e Biologia dos Ratos

Os ratos possuem hábitos noturnos, saindo durante o dia apenas quando a população cresce e há escassez de alimentos. Na falta de comida, a população se regula com mecanismos como baixa fertilidade, supressão de cios e até canibalismo, uma prática comum para eliminar ratos doentes ou machucados.

Eles têm órgãos sensoriais desenvolvidos, mas enxergam mal e só percebem variações entre claro e escuro. Onívoros, preferem alimentos gordurosos e consomem cerca de 20 a 30 g de comida por dia, além de 15 a 30 ml de água. Ágeis e excelentes nadadores, habitam locais sujos, como redes de esgoto e depósitos de lixo.

Ciclo de Vida

O ciclo de vida dos ratos varia conforme a espécie. Eles atingem a maturidade sexual aos 3 meses e, geralmente, logo após o desmame, que ocorre aos 21 dias, nasce outra ninhada.

Principais Espécies e Danos Causados

Os ratos atacam alimentos armazenados, danificam fios elétricos, cabos telefônicos, roupas e objetos de madeira, e podem causar incêndios. Contaminam a água e suas pulgas podem transmitir doenças como peste bubônica, tifo, toxoplasmose e hantavirose.

Ratazana ou Rato-de-Esgoto | Rattus norvegicus

A ratazana, de coloração variando do castanho ao preto, mede entre 21 e 26 cm, com cauda grossa e igual ou menor que o corpo. Pesa de 350 a 460 g, possui orelhas curtas e peludas, e pés com membranas interdigitais. Vive em média 2 anos, tem gestação de 28 dias e gera 3 a 4 ninhadas por ano, com 8 filhotes por ninhada. Suas fezes são grossas.

Rato-Preto ou Rato-de-Telhado | Rattus rattus

O rato-preto mede entre 19 e 22 cm, com cauda mais longa que o corpo, pesando de 230 a 300 g. Suas orelhas são longas e quase sem pelos. Vive cerca de 1,5 ano, tem gestação de 28 dias e gera 3 a 4 ninhadas por ano, com 3 a 9 filhotes por ninhada. Suas fezes são finas e pontiagudas.

Camundongo | Mus musculus

O camundongo mede entre 6 a 9 cm, pesa de 15 a 20 g e tem orelhas grandes e translúcidas. Vive cerca de 1 ano, com gestação de 21 dias e 4 a 5 ninhadas por ano, com 4 a 10 filhotes por ninhada. Suas fezes são pequenas e afiladas, podendo ser confundidas com fezes de baratas.

 cupins

CUPINS

Avaliação e Controle de Cupins

É necessária a presença de um funcionário especializado no local para realizar uma avaliação criteriosa do nível de infestação e determinar as estratégias de tratamento adequadas, uma vez que existem diferentes tipos de cupins, e cada espécie requer um tratamento específico. Além disso, durante a vistoria, é essencial avaliar se as áreas danificadas precisam ser trocadas para garantir a segurança das pessoas no local infestado. Por exemplo, um armário embutido pode exigir a troca de parte do móvel para evitar o risco de desabamento.

Espécies de Cupins

Os cupins são comuns em áreas de clima tropical e temperado, com cerca de 2 mil espécies descritas, das quais 250 estão presentes no Brasil. Pertencentes a três famílias principais: Kalotermitidae, Rhinotermitidae e Termitidae, são conhecidos mundialmente como "termite" (termo de origem latina que significa "verme que rói a madeira"). No Brasil, a palavra "cupim" é de origem tupi.

Descrição e Biologia

Os cupins são insetos sociais organizados em castas de indivíduos alados e ápteros. A cabeça é livre, com forma e tamanho variáveis, sendo os indivíduos alados dotados de olhos, enquanto os ápteros apresentam olhos atrofiados. Possuem aparelho bucal mastigador, especialmente desenvolvido nos soldados. Apenas os reprodutores têm dois pares de asas membranosas, que se desprendem após a revoada. A dieta dos cupins varia conforme a espécie e inclui madeira, celulose, herbáceas, gramíneas e húmus.

Castas dos Cupins

Os cupins são divididos em três castas principais:

  • Alados: destinados à reprodução e responsáveis pela formação de novas colônias. O casal real (rei e rainha) comanda a colônia, sendo a rainha responsável pela postura de ovos.
  • Soldados: encarregados da proteção da colônia e dos demais indivíduos.
  • Operários: representam a maior parte da colônia, sendo responsáveis por alimentação, construção e limpeza do ninho, além de regularem o desenvolvimento social por meio da troca de alimentos e secreções.

Ciclo de Vida

Os cupins apresentam desenvolvimento incompleto, passando pelas fases de ovo, ninfa e adulto. Durante o crescimento, as ninfas podem se tornar operários, soldados ou reprodutores, conforme a necessidade da colônia. Após a revoada, os alados perdem suas asas e formam novas colônias. A rainha começa a postura de ovos que, inicialmente, originam apenas operários, mas com o tempo surgem indivíduos das outras castas.

Principais Espécies e Danos

Os cupins causam danos em estruturas de madeira, móveis e materiais derivados de celulose, como livros e papéis. As espécies mais problemáticas no meio urbano são:

Cupim de Madeira Seca | Família Kalotermitidae e Cryptotermes brevis

Habita áreas subtropicais e tropicais, incluindo regiões com invernos rigorosos. Essa espécie vive exclusivamente em ambientes urbanos, fazendo ninhos dentro de móveis e estruturas de madeira. As colônias são pequenas e discretas nas infestações iniciais. Os principais sinais de infestação incluem a presença de grânulos fecais amontoados abaixo dos orifícios de expulsão e asas espalhadas em infestações mais maduras.

 formigas

FORMIGAS

Descrição e Biologia das Formigas

As formigas pertencem à ordem Hymenoptera, ocupando o 3º lugar em número de espécies e são considerados os insetos mais evoluídos. No Brasil, existem cerca de 2.000 espécies de formigas, sendo que 20 a 30 dessas são pragas. O fóssil mais antigo de formiga data de 80 milhões de anos.

As formigas têm cabeça bem desenvolvida, destacada do corpo e unida ao tórax por um "pescoço" móvel. Os olhos são compostos e bem desenvolvidos, assim como as antenas, com número variável de segmentos. Quando presentes, as asas são transparentes ou coloridas, com as anteriores maiores que as posteriores. Possuem um pedúnculo abdominal com nódulos ou espinhos e são equipadas com um ferrão ligado à glândula de veneno, usado para defesa ou ataque.

Esses insetos estão presentes em praticamente todos os ambientes terrestres, exceto nos pólos, e são eussociais, vivendo em colônias com uma estrutura social organizada. São onívoras e se alimentam de doces, carnes, vegetais e até fungos. As colônias podem variar em tamanho, com ninhos construídos no solo, sobre plantas, dentro de cavidades em madeira ou até em residências.

Ciclo de Vida das Formigas

As formigas são insetos holometabólicos, passando pelas fases de ovo, larva, pupa e adulto. A fase larval é o momento de crescimento, e a pupa não se move nem se alimenta. O ciclo de vida completo, de ovo a adulto, dura de 35 a 45 dias, com a longevidade das formigas variando de acordo com a casta. As operárias vivem de 2 meses a 1 ano, enquanto as rainhas podem viver de 2 a 20 anos.

Principais Espécies de Formigas Urbanas

  • Formiga-Fantasma (Tapinoma melanocephalum): Nidifica atrás de azulejos e rodapés, movendo-se em trilhas irregulares.
  • Formiga-Louca (Paratrechina longicornis): Apresenta coloração marrom escura e comportamento errático, nidificando em locais como janelas.
  • Formiga-do-Faraó (Monomorium pharaonis): De coloração marrom-amarelada, infesta eletrodomésticos e não realiza vôo nupcial.
  • Formiga-Argentina (Linepithema humile): Nidifica tanto dentro como fora de residências, formando trilhas para forrageamento.
  • Formiga-de-Fogo (Wasmannia auropunctata): Nidifica no solo ou em árvores, sendo atraída por alimentos em cozinhas.
  • Formiga-Lava-Pés (Solenopsis spp.): Sua picada é dolorosa, causando bolhas e vermelhidão. Nidifica em solos e infesta aparelhos elétricos.
  • Formiga-Carpinteira (Camponotus spp.): Nidifica em madeira, preferindo substâncias adocicadas e realizando grandes revoadas na primavera.
  • Formiga-Cabeçuda (Pheidole megacephala): Nidifica em rodapés e suas operárias têm tamanhos variados, sendo divididas entre soldados e operárias menores.
  • Formiga-Acrobática (Crematogaster spp.): Levanta o gáster em forma de coração quando ameaçada, nidificando em madeira e ocos de árvores.
  • Formigas-Cortadeiras (Atta spp. e Acromyrmex spp.): Conhecidas como saúvas e quenquéns, cortam folhas para alimentar fungos, sua principal fonte de alimento.

Avaliação e Controle de Roedores

A presença de um profissional especializado é essencial para avaliar o nível de infestação de roedores e identificar a espécie presente, já que os métodos de controle variam de acordo com a espécie. Além disso, o profissional deve orientar sobre os riscos de contaminação, pois os roedores são vetores de várias doenças.

 pulgas

PULGAS

As pulgas são ectoparasitos de aves e, principalmente, mamíferos, causam grande incômodo ao homem quando infestam o ambiente. Há cerca de 2.500 espécies de pulgas em todo o mundo, distribuídas em 16 famílias, sendo as famílias Pulicidae e Tungidae as mais importantes na área de controle de pragas.

DESCRIÇÃO E BIOLOGIA

Os sifonápteros medem de 1 a 3 mm de comprimento, corpo comprimido (achatado lateralmente) facilitando sua locomoção entre os pêlos do hospedeiro, e apresentam coloração marrom-avermelhada. A cabeça é curta e não destacada do corpo, as antenas curtas e os olhos são reduzidos ou ausentes. Asas ausentes e pernas saltatórias, as posteriores são maiores, adaptadas para movimentos rápidos e pulos há longas distâncias. Apresentam na cabeça e tórax fileiras de cerdas chamadas pecten, importantes para a separação das espécies. Preferem ambientes úmidos e não muito quentes. Alimentam-se do sangue do hospedeiro, mas somente os adultos sugam o sangue. As larvas alimentam-se de sangue seco eliminado pelas pulgas adultas no ambiente. Uma pulga alimentada vive até 500 dias, não alimentada até 125 dias.

CICLO DE VIDA

A reprodução das pulgas é sexuada. São holometabólicos, ou seja, seu ciclo de vida compreende as fases de ovo, larva (3 ínstares), pupa e adulto. As fêmeas colocam de 300 a 400 ovos e somente após a sucção de sangue. Esses ovos podem ser depositados no hospedeiro, ninho ou chão, e eclodem após 2 a 16 dias. O período larval dura de 12 a 30 dias; formam um casulo pegajoso, onde se transformam em pupa do tipo livre (ficam aderidas ao ambiente). Após 7 a 10 dias, emerge o adulto.

PRINCIPAIS ESPÉCIES E DANOS

Além do desconforto ao homem e aos seus animais domésticos, as pulgas também transmitem viroses, vermes e doenças causadas por bactérias (peste bubônica, tularemia e salmonelose), pois podem variar de hospedeiro. Podem ocorrer grandes infestações, já que as larvas escondem-se em locais protegidos da luz, como frestas de assoalhos; sob almofadas de poltronas e sofás; bordas de colchões; base de tapetes e carpetes, etc.

Família Pulicidae

PULGA-DO-RATO | Xenopsylla cheopis

O principal hospedeiro é o rato-urbano. Também pode atacar outros mamíferos e o homem. Principal agente transmissor da Peste Bubônica, doença epidêmica contagiosa (quase fatal), que causa manchas escuras na pele e hemorragias internas.

PULGA-DO-CÃO | Ctenocephalides canis

Infesta tanto cães quanto gatos, podendo picar rato, outros animais e o homem. Substituiu a P. irritans e tornou-se problema por infestar animais domésticos. Mais comum em regiões de clima frio. Sua principal característica é possuir uma sutura (prega) dupla no 2º segmento do 3º par de pernas.

PULGA-DO-GATO | Ctenocephalides felis

Também atacam o homem e vários outros animais. Capaz de transmitir doenças ao homem, além de provocar alergia. Mais comum em regiões de clima quente.

PULGA-DO-HOMEM | Pulex irritans

Podem sugar outros hospedeiros, como suínos, cães e gatos e, raramente, ratos. Sua ocorrência é maior em casas muito velhas. Era a espécie principal do homem por habitar principalmente seus ambientes, mas está quase totalmente erradicada.

Família Tungidae

BICHO-DE-PÉ | Tunga penetrans

Esta espécie é mais comum nas zonas rurais. A fêmea fecundada penetra na pele do homem e de outros animais, causando forte coceira e ulceração. Adquire-se andando em áreas infestadas, como currais, chiqueiros e praias.

 carrapatos

CARRAPATOS

Descrição e Biologia dos Artrópodes

Esses artrópodes são extremamente numerosos e encontrados nos mais variados habitats. Possuem segmentos fundidos, sem asas e antenas, e números de patas que variam de 3 pares (larva) a 4 pares (adulto). No grupo dos acarinos, encontram-se os carrapatos e os ácaros.

Carrapatos | Subordem Ixodidae | Famílias Ixodidae e Argasidae

Carrapato transmissor de febre maculosa Amblyomma cajennense (Carrapato estrela, de cavalo ou rodoleiro)

Descrição e Biologia

Em geral têm uma forma oval, quando em jejum são planos no sentido dorso-ventral, e após se alimentarem ficam convexos e até esféricos. Estão por toda a parte, no campo e na cidade, vivem entre touceiras, capim, madeiras ou pelo chão, seja em clima úmido ou seco. Alimentam-se, em geral, de sangue de outros animais, provocando grandes prejuízos econômicos ao homem quando parasita em criações de gado, de suínos, etc.

Há dois tipos de parasitas:

  • Parasitas permanentes, que ficam toda vida adulta em seus hospedeiros.
  • Parasitas temporários ou ecto-parasitas.

Ciclo de Vida

A fêmea após fecundada e ingurgitada desprende-se do hospedeiro, cai no solo para realizar a postura única, entre 5.000 e 8.000 ovos, antes de morrer. Após o período de incubação (30 dias à temperatura de 25º C) ocorre a eclosão dos ovos e o nascimento da larva hexápode. A ninfa escala gramas e arbustos à espera de hospedeiros. Após sugar sangue do hospedeiro por 3 a 6 dias, desprende-se deste e no solo ocorre a primeira ecdise (18 a 26 dias), transformando-se em ninfa octópode. Esta ninfa fixa-se em um novo hospedeiro e, em 6 dias, ingurgita-se de sangue, no solo sofre nova ecdise (23 a 25 dias) transformando-se no carrapato adulto.

Principais Espécies e Danos

Depois dos mosquitos, os carrapatos são um dos principais vetores de doenças causadas por vírus, bactérias, protozoários e riquétsias, como a febre maculosa.

Algumas espécies encontradas no Brasil:

Carrapato-de-Boi | Boophilus microplus

Agente transmissor da "Tristeza Bovina".

Carrapato-de-Cavalo ou Carrapato Estrela | Amblyomma cajennense

Infesta mamíferos domésticos e silvestres, aves e o ser humano. Em sua forma adulta, conhecido como roduleiro, pode chegar ao tamanho de um grão de feijão verde, ou até maior. Na forma larval, o micuin, surge nos pastos no período de março a julho. O micuin pode ficar até 24 meses sem se alimentar, esperando um hospedeiro, e no homem causa terrível coceira e até inflamação. Esse carrapato é hospedeiro da bactéria Rickettisia rickettsii, causadora da febre maculosa, que pode provocar febre alta, dor de cabeça e lesões cutâneas semelhantes as do sarampo ou da meningite meningocócica. Com um diagnóstico precoce, o tratamento é simples, à base de antibióticos, mas num estado avançado, a doença pode ser letal. Em junho de 2004, foram confirmados três casos de óbito por febre maculosa em Mauá, SP.

Carrapato-de-Galinha | Argas miniatus

Transmite aos galináceos a bouba, doença infecciosa semelhante à sífilis.

Carrapato-Vermelho-do-Cão | Rhipicephalus sanguineus

Infesta cães e gatos, e na forma adulta prefere instalar-se na pele, entre o coxim plantar e as orelhas do cão. Sobem pelas cercas, muros, e espalham-se pelo canil, casa, etc. É de difícil controle.

Ixodes ricinus

Assim como outras do gênero Dermacentor, é o agente transmissor para várias espécies animais, sobretudo caprinos, e para o ser humano, especialmente crianças, da moléstia denominada Paralisia. A fêmea é quem transmite a doença, fixando-se na região occipital próximo à coluna vertebral e ao centro respiratório, que pode levar à falta de coordenação motora dos membros de locomoção e à incapacidade de permanecer em pé, acompanhada de vômitos e podendo causar até a morte.

Ácaros | Famílias Pyriglydae e Glycyphagidae

Existem várias famílias, as mais importantes são Pyriglydae e Glycyphagidae. As principais espécies da primeira família são Dermatophagoides sp. e Euroglyphus sp. As mais frequentes da segunda família são Tyrophagus sp., Lepidoglyphus sp. e Blomia tropicalis.

Descrição e Biologia

Visíveis ao microscópio, medem cerca de 0,5 mm de comprimento. Preferem temperaturas amenas (entre 18º e 32ºC) e umidade relativa alta (entre 60 e 80%). Alimentam-se principalmente de pele humana descamada, fibras de tecido, pólen e fungos. Em ambiente doméstico, são encontrados abundantemente em colchões, travesseiros, tapetes..., ou seja, onde há abundância de alimento. Muitas espécies parasitam plantas cultivadas, causando sérios prejuízos na agricultura, porém, a maioria é de vida livre.

Ciclo de Vida

O ácaro vive de 2 a 4 meses e acasala 1 ou 2 vezes. Os períodos propícios para reprodução são Primavera e Outono e, durante toda sua vida, a fêmea pode produzir até 50 ovos e depositar ovos até 30 dias (dependendo da espécie). Suas fases de desenvolvimento são: ovo > protoninfa > dentoninfa (ou ninfa hipotus) > tritoninfa > adulto.

Principais Espécies e Danos

O ácaro do pó doméstico é considerado o principal agente causador de alergias do aparelho respiratório. A cada ecdise, sofrida pela ninfa durante seu desenvolvimento, sua "pele velha" fica em suspensão pelo ambiente, é aspirada pelo homem e provoca alergias. Algumas espécies, presentes em locais de higiene precária, podem provocar dermatites como a sarna.

Alguns gêneros importantes:

  • Demodex - aloja-se nas glândulas sebáceas e sua paritose é conhecida como sarna demodécica ou cravos.
  • Sarcoptes e Notoedres - responsáveis por sarnas penetrantes, formam galerias na epiderme.
  • Psoroptes, Octodectes e Chorioptes - responsáveis por sarnas psorópticas, ectodéticas e carióticas.
  • Dermatophagoides - responsáveis pela maioria dos problemas de alergia respiratória ou dermatites, como asma e rinite alérgica.

traças

TRAÇAS

Traças como Pragas Urbanas

As traças podem ser consideradas importantes pragas em áreas urbanas, pois infestam roupas, papéis, tapeçarias, estofados, livros, frutas secas, grãos ou outros alimentos armazenados, e muitos outros produtos manufaturados ou não. Na área urbana identificam-se três grupos distintos, reunidos em duas ordens: o grupo formado pelas traças-dos-livros ou traças-prateadas, pertencentes à ordem Thysanura; e o grupo formado pelas traças-das-roupas e as traças de produtos armazenados, pertencentes à ordem Lepidoptera.

Ordem Thysanura | Família Lepismatidae

Essa ordem compreende os insetos mais primitivos, são conhecidas como traças-de-livros ou prateadas. Seu aspecto lembra um peixe prateado, daí um de seus nomes em inglês ser "silverfish". A família de maior importância dessa ordem é a Lepismatidae.

Descrição e Biologia

Medem no máximo 50 mm de comprimento, são ápteros, possuem corpo deprimido e alongado, com 3 filamentos caudais, olhos compostos reduzidos ou ausentes e antenas filiformes (alongadas). São insetos que se alimentam de matéria orgânica vegetal, e substâncias ricas em proteínas, açúcar ou amido, assim, em residências, atacam cereais, farinhas de trigo (úmidas), papéis que contenham cola (papel de parede, livros encadernados em brochura, etc), e alguns tecidos, raramente atacam roupas de lã e outros produtos de origem animal. Possuem hábitos principalmente noturnos, vivendo em ambientes úmidos e escuros. Escondem-se em frestas de móveis, armários, rodapés e caixas.

Ciclo de Vida

Apresentam reprodução sexuada e desenvolvimento ametabólico, a fase jovem diferencia-se da adulta apenas pelo tamanho e maturidade sexual. Dependendo da espécie e clima, os ovos eclodem entre 10 e 60 dias, a fase jovem para a adulta dura entre 2 e 3 meses, sendo o ciclo de vida completo de 1 ano.

Principais Danos e Espécie

Algumas traças adaptaram-se muito bem ao ambiente urbano, consideradas importantes pragas domiciliares, como a Lepisma saccharina. Em museus, bibliotecas, tecelagens, supermercados, hotéis e em muitos outros estabelecimentos comerciais, as traças devem ser monitoradas com rigor, evitando-se infestações severas e danos significativos. Outras espécies também encontradas no Brasil são a Acrotelsa collaris e a Ctenolepisma ciliata.

Ordem Lepidoptera | Subordem Glossata | Superfamília Tineoidea | Família Tineidae

É a ordem das borboletas e mariposas. As traças pertencentes à ordem Lepidoptera representam as traças-das-roupas e as traças de produtos armazenados.

Traças-das-Roupas | Família Tineidae

São microlepidópteros, pequenas mariposas pertencentes à ordem Lepidoptera, cuja família Tineidae é a mais representativa, e o gênero Tineola o de maior importância econômica em áreas urbanas.

Descrição e Alimentação

As asas são estreitas e acuminadas, voam pouco e não são atraídas pela luz, como a maioria das mariposas. Sua coloração é clara, medindo aproximadamente 1,5 cm. Apresentam tufos de pêlos de coloração avermelhada na cabeça e antenas mais escuras do que o restante do corpo. A larva tem o corpo esbranquiçado com a cabeça escurecida e, no caso da espécie Tineola uterella (a espécie mais comum), tece um casulo com a aparência de um estojo chato em forma de losango, aberto em ambas as extremidades, que se desloca pelas paredes das residências e, enquanto se alimentam, podem ficar parcialmente cobertas por ele. A alimentação consiste de lã, penas, pêlos, cabelo, couro, poeira, papel e ocasionalmente de algodão, linho, seda e fibras sintéticas. Roupas usadas sujas de bebidas, alimentos, suor ou urina, além daquelas guardadas por muito tempo, são as mais atacadas.

Ciclo de Vida

O desenvolvimento é holometabólico (compreende as fases de ovo, larva, pupa e adulto). A reprodução é sexuada e as fêmeas depositam entre 40 e 50 ovos, num período de até 3 semanas, morrendo logo após a postura. Os ovos possuem uma secreção adesiva e aderem-se às fibras dos tecidos das roupas, que eclodem entre 4 e 10 dias, conforme a espécie. As larvas sofrem de 5 a 45 mudas, conforme a temperatura ambiente e o tipo de alimento disponível, esse estágio pode durar de 35 a 87 dias, conforme a espécie. O período de pupa dura de 8 a 40 dias, e a fase adulta dura de 4 a 30 dias, dependendo da espécie.

Espécies Comuns

As mais comuns são a Tineola uterela e a T. bisselieta, que causam estragos consideráveis em peças de lã, tapetes, alguns tecidos, peles, pêlos, etc.

 mosquitos

MOSQUITOS

Subordem Nematocera | Família Culicidae | Gêneros Culex, Aedes e Anopheles

PERNILONGO | Culex quinquefasciatus

As larvas do gênero Culex são aquáticas e apresentam sifão respiratório, que serve para obter ar da superfície e posicionam-se perpendicularmente à água, o que as diferencia dos demais gêneros. É uma espécie obrigatoriamente de hábitos noturnos e que ocorre durante o ano todo. Depositam seus ovos em águas poluídas e turvas ou com presença de muita matéria orgânica em decomposição. Pode ser vetor da filariose bancroftiana.

MOSQUITO-DA-DENGUE | Aedes aegypti

Originário da África, este mosquito pica preferencialmente ao amanhecer e no crepúsculo. Janeiro e fevereiro são os meses de maior incidência. Para depositar seus ovos, prefere locais que contenham água limpa e parada. É de grande importância médica por ser vetor da dengue e da febre-amarela.

MOSQUITO-PREGO OU MURIÇOCA | Anopheles darlingi

Apresenta asas cobertas por escamas de cores claras e escuras que lhes dão um aspecto manchado, e seu corpo mede menos de 1 cm de envergadura. Têm hábitos crepusculares e noturnos e preferem lugares quentes e úmidos. Reproduz-se em áreas extensas de água, como represas, lagos, lagoas, remansos de rios, preferindo águas profundas, límpidas, pobres de matéria orgânica. Na época das chuvas, forma novos criadouros nos alagadiços, escavações e depressões de terreno. É o agente transmissor da malária.

 brocas

BROCAS

Conhecidas como brocas de madeiras, as espécies mais importantes que causam danos em móveis são as das famílias Anobiidae, Bostrichidae, Curculionidae e Lyctidae.

DESCRIÇÃO E BIOLOGIA

Cabeça normal, arredondada, também podendo ser alongada, formando um rostro. Antenas localizadas na fronte e variando conforme espécies. A principal característica é o primeiro par de asas modificado em élitros, de consistência coriácea ou córnea, protegendo o segundo par de asas membranosas, dobradas (quando em repouso). O abdome em geral é totalmente recoberto pelos élitros. O adulto vive fora da madeira, utilizando-a para deposição dos ovos, onde as larvas, posteriormente, irão se abrigar e ali se alimentar até atingirem o estágio de pupa. Atingem de 1 a 3 mm.

CICLO DE VIDA

Apresentam desenvolvimento holometabólico e reprodução sexuada. O adulto deposita seus ovos em furos ou fendas existentes na madeira, após 1 ou até 4 semanas os ovos eclodem e surgem as larvas, que permanecem dentro da madeira (se alimentando) até empuparem, período que dura cerca de 1 a 4 semanas e, já mais próximo à superfície, a pupa transforma-se em adulto. Este ciclo pode durar de 1 a 3 anos.

PRINCIPAIS ESPÉCIES E DANOS

Os danos causados por coleópteros são em menor proporção que os causados pelas térmitas, porém, também requerem atenção. Apenas as larvas causam danos, pois é nesse período que o inseto se alimenta da madeira, formando verdadeiras galerias dentro dela. Uma característica que facilita a identificação de uma infestação por brocas é a presença de furos nas peças de madeira, mas, principalmente, a presença de um pó ou serragem bem fina, assemelhando-se a um talco, próximo à peça. É importante ressaltar que a textura desse pó é que diferencia uma infestação de brocas de uma de cupins de madeira seca. Existem várias espécies de brocas que infestam madeira.

Superfamília Bostrichoidea

Família Anobiidae

São conhecidas como brocas falsas, pois atacam madeiras e folhas secas de diversas espécies. A cabeça não é destacada do corpo, que tem formato oval. Apresenta coloração castanha escura à preta. Geralmente atacam madeiras moles. Deposita seus ovos em fendas ou orifícios existentes na madeira. Dificilmente infestam duas vezes o mesmo local. Causam grande prejuízo por ter um ciclo de vida muito rápido, um casal produz 200 ovos em 10 dias e no mesmo local.

Família Bostrichidae

Apresentam o corpo em formato cilíndrico e tórax mais áspero, antenas em forma de clave e cabeça não destacada do corpo. Sua coloração é castanha escura. Perfura a madeira para depositar seus ovos e geralmente atacam madeira dura, podendo também atacar madeiras moles.

Família Lyctidae

São as chamadas brocas verdadeiras, atacam tanto madeira dura quanto mole. Apresentam coloração variando do castanho escuro ao preto. A cabeça é destacada do corpo, que tem formato achatado. Deposita seus ovos nos poros da madeira. Seu principal sinal de infestação é a presença de resíduos de madeira nas saídas dos túneis. Causa grande dano por infestarem o mesmo local mais de uma vez.

Superfamília Curculionoidea

Família Curculionidae

Apresentam cabeça prolonga-se em um rosto, de formato mais ou menos alongado, reto e voltado para baixo. São da mesma família do bicudo-do-algodoeiro. Normalmente, ataca grãos armazenados, mas podem atacar madeiras moles.

 pombos

POMBOS

Os pombos são de origem Asiática e convivem com o homem há mais de 10 mil anos. São considerados símbolos da paz, porém, em áreas urbanas, transformaram-se em pragas de grande importância. No entanto, sua proliferação em ritmo acelerado, ironicamente, tem como principal causador aquele que também é o maior prejudicado por eles, o próprio homem. Graças ao costume de alimentá-los em praças e outros lugares públicos.

DESCRIÇÃO E BIOLOGIA

A plumagem geralmente apresenta tons de cinza, com tons mais claros nas asas, cauda riscada de negro e pescoço esverdeado. Porém, essa coloração pode variar bastante. O bico é curto e fino. Pesa aproximadamente 370 g e mede 28 cm de comprimento. Apresenta dimorfismo sexual, a fêmea sempre menor que o macho. Alimenta-se geralmente de sementes e grãos, no ambiente urbano vale o que estiver disponível, incluindo lixo. Constrói o ninho com gravetos, capim ou outros materiais, em blocos de apartamentos com fendas, frestas, balcões, bancadas de ar condicionado, beirais ou parapeitos de janelas. Raramente voam para muito longe do local onde costumam pousar. Habitam quase todas as zonas urbanas, com exceção das regiões polares.

CICLO DE VIDA

Vivem de 3 a 4 anos em ambientes urbanos, podendo chegar até 15 anos em ambientes silvestres. Apresentam hábito monogâmico, o mesmo parceiro o resto da vida. Atingem a maturidade sexual aos 3 meses de vida. A fêmea deposita 1 ou 2 ovos, de 8 a 12 dias após a cópula. Os ovos são incubados por um período de 17 a 19 dias, com 4 a 6 ninhadas por ano.

PRINCIPAIS DANOS

São vetores de cerca de 60 doenças, dentre elas gripe, conjuntivite, toxoplasmose, salmonelose, psitacose (doença infecciosa que atinge primeiramente os pulmões e posteriormente baço e fígado), criptococose (doença causada por fungos que se desenvolvem em fezes secas, que infecciona os pulmões), coceiras (provocadas pelos piolhos e ácaros que ficam entre suas penas) e dermatites. Os ninhos, com o acúmulo de penas e fezes, podem causar entupimentos de sistemas de drenagem, bloqueio de calhas de telhado e infiltração no forro, alteração de sistemas de comunicação, etc. Em sua urina e fezes, há uma grande concentração de ácido úrico que corrompe monumentos de pedra e bronze, destroem pinturas e rebocos de construções, danificam estruturas de concreto e pinturas de automóveis. Além disso, também podem provocar, durante o vôo, acidentes com aeronaves.